Editorial | A grandeza de ser modificado

A entrevista feita com João Rodrigues pelo LÊ NOTÍCIAS apontou, de modo claro, o poder que o mundo tem na vida das pessoas. E neste caso, intolerante com tudo e todos, vendo-se maior que poderia mostrar-se, o parlamentar converteu-se plenamente. Ele sofreu as consequências de um crime público que afirma não ter culpa, mas que, por consequências de muitas considerações, foi vítima disso.

Preso, longe do que gosta, política, amigos e por último a família, viu-se só. Olhou para todos os lados e percebeu que, antes do ocorrido, era cercado, bajulado, perseguido por muitos que, por sua força e luz, queriam um pouco de sua atenção.

Quando foi levado ao cárcere, sem saber quais seriam suas consequências, foi submetido às forças desconhecidas que o meio ofereceu pegando-o desprevenido. Foi isso, de fato, que lhe feriu fortemente a intolerância, a soberba e os conceitos que defendia.

A escuridão das dúvidas, presente nos dias de distância das facilidades que a liberdade oferecia, rasgou sua consciência ao meio, mudou a roda de seus pensamentos e, por ser afiada tal qual um sabre, enfiou no antigo João o corte fatal de um velho homem para outro. Morreu o antigo, que deu lugar ao novo.

É outra pessoa, outra ideias, outro modo com simplicidade que a dor imprimiu. Não há mais dúvidas em suas ideias. As do passado mofaram e, as novas, ressurgiram.

Provavelmente o novo parlamentar, se assim for levado às urnas, vai nascer. Se tudo o que disse terá marcado em sua estrada um perfil de verdade que precisa oferecer aos cidadãos, então é este novo homem que precisa estar no meio de quem tem condições de utilizar, de sua liderança e força política, para mudar o perfil do Brasil.